Uma reportagem divulgada no último domingo pelo site G1 levantou grande discussão tanto nos meios digitais quanto no meio político. O texto começava dizendo que atualmente, o Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo tem 280 menores de idade em processo de transição de gênero. Desse total, 100 são crianças de 4 a 12 anos; enquanto 180 são adolescentes de 13 a 17. Além desse público, há 100 adultos, a partir dos 18, na mesma situação.
Conforme a reportagem, que fazia alusão ao Dia da Visibilidade Trans, os procedimentos são procurados por crianças e jovens que buscam ar por processos como o bloqueio da puberdade, a hormonização cruzada e a cirurgia de redesignação sexual. A reportagem ainda trazia a história de cinco crianças e adolescentes, que relataram suas angústias e busca pela aceitação do corpo e transição de gênero.
A sexualidade de uma pessoa é individual e cabe somente a ela esta decisão. Mas no momento em que lemos uma reportagem que mostra que crianças de até 10 anos estão se submetendo a ingestão de hormônios tão cedo e hormônios que não condizem com a natureza do seu corpo, é muito preocupante do ponto de vista de saúde pública. De acordo com a reportagem, “as crianças e os adolescentes atendidos na USP podem receber um bloqueador hormonal para não entrarem na puberdade e desenvolverem características físicas com as quais não se identificam. Nos garotos trans, o bloqueio impedirá a menstruação e o crescimento das mamas. Nas meninas trans, os pelos do rosto deixarão de crescer, e a voz não engrossará”.
É agir contra a natureza do ser humano, contra seu próprio corpo, e que certamente terá consequências fisiológicas e psicológicas no futuro. É possível uma criança de quatro anos ter total discernimento sobre esse assunto e tomar uma decisão tão importante sem ao menos saber ler e ter um entendimento do que está fazendo com seu corpo? Realmente, caminhamos para um futuro cada vez mais preocupante.
Em São Paulo, vereadores da cidade entraram com um pedido de I para investigar o caso divulgado pelo G1, pois consideram “o processo é extremamente agressivo e jamais deveria ser permitido em crianças”, relataram.